segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
A culpa não é toda das pessoas, que a cultura de imbecilização vigente ajuda, e muito. Mas a culpa também é delas.
(E não me digam que é do preço dos livros. Quantos ali dentro terão plasmas em casa? Eu não tenho. Nem lhe sinto a falta).
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Uma profissão mal paga e muitíssimo mais satisfatória intelectualmente.
Impossível conciliar as duas sem comprometer a sanidade mental.
Há escolhas complicadas. Se bem que a crise na banca aponte o caminho racional.
O problema é a provável sobrestimação da racionalidade.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
sábado, 27 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
First beam in the LHC - accelerating science
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
Tempo de recomeçar os trabalhos de Sísifo.
Os Jogos Olímpicos foram um bom entretenimento - não mais que isso devem ser considerados - e passaram à história, com glória para os vencedores, honra para os vencidos e a ignomínia para os batoteiros que foram apanhados. Os Jogos não são muito importantes: têm nem mais nem menos a importância que lhes atribuirmos.
A morte inesperada e violenta perto de nós é sempre mais pesada que a morte distante, sobretudo se forem brancos, de média burguesia e em férias de Verão, ou seja, aqueles com os quais nos identificamos. Bem diverso da morte de afegãos, indianos, pretos e quase brancos quase pretos de tão pobres, que esses não têm nada a ver connosco. Mas a morte é sempre importante, por definitiva.
Hoje continuamos.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Escrevia há muitos anos Vasco Pulido Valente, uma das cabeças mais lúcidas de que tenho memória, que nunca tinha percebido aquela coisa de “dar praia às crianças”. Subscrevo integralmente. E é também por isso que irei para Norte, esse Norte português assombroso, nesta época povoado por portugueses de torna-viagem, que os outros rumaram, zombificados, para os cemitérios de betão com forro de plástico que cobrem o Algarve.
A quem ficou por aqui, deixo no gira-discos música para fechar os olhos e descansar. Imaginem o fundo do mar. É mais real este mar que aquele que vendem as agências de viagem.
Até daqui a duas semanas.
sábado, 26 de julho de 2008
quarta-feira, 23 de julho de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
Foto: Isabel Pinto
Neste disco nada mais há que Pinho Vargas e um piano. Os temas surgem límpidos; os improvisos, contidos. Pinho Vargas sabe que Keith Jarrett há apenas um e, evocando esse estilo, não insiste excessivamente. Nem precisa.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
1) Às oito e meia da manhã, monumental fila de carros na 25 de Abril direita à Costa da Caparica. Férias? Pois.
2) Algures por alturas do Alentejo, grande cartaz da Brisa proclamando "VALE DOS PINHEIROS". Até onde a vista alcançava, sobreiros.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Suckers - How Alternative Medicine Makes Fools of Us All
Rose Shapiro
Harvill Secker, Fevereiro de 2008
disponível através da Amazon para quem quiser. 258 páginas e algumas centenas de referências bibliográficas documentando o que é escrito.
Transcrevo os primeiros parágrafos do capítulo 10 - The healthy sceptic
There are two definitions of the word 'sucker' I had in mind when I thought about the title of this book. Sucker: one who lives at the expense of others, and sucker: a gullible or easily deceived person. The growth of alternative medicine in the modern era has depended on the existence of both kinds of sucker.
And when I suggest that alternative medicine makes fools of us all, I am thinking about not only those who practise alternative medicine and those who use it, but also those of us who simply let it carry on unchallenged. There is a pervasive tolerance of complementary and alternative medicine which allows it to flourish. I believe this indulgent laissez faire approach is no longer acceptable and needs to change. The growth of CAM [complementary and alternative medicine] matters - it trades in false hope, it is bad for our health, it threatens our intellectual culture, it wastes public money and it undermines some of our most important and valued institutions. Those who promote it and the junk science that all too often accompanies it, are, to quote Raymond Tallis, 'enemies of mankind's best hope for a better future. In short, enemies of mankind'."
A luta contra o obscurantismo, a superstição, a crendice, a ignorância e a vigarice continuam.
(Com um agradecimento ao Jansenista por ter chamado a atenção para este livro).
sexta-feira, 20 de junho de 2008
As férias tenderão, progressivamente, a ser um privilégio de poucos. Sobram os amigos. Este "sobram" minimiza aquilo que, afundados em folhetos prometendo o paraíso em resorts todos iguais, tendemos a esquecer. E que é o que, afinal, conta.
domingo, 15 de junho de 2008
domingo, 8 de junho de 2008
quinta-feira, 5 de junho de 2008
segunda-feira, 2 de junho de 2008
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Guerras começaram por menos. Sempre houve a esperança de que, de cada vez, houvesse juízo. Nunca houve.
sábado, 24 de maio de 2008
Fragmento de imagem de O sacrifício - Andrei Tarkovsky, 1986
Subscrevo isto integralmente. Mas digo mais: a frase de Tarkovsky citada é, igualmente a tese central de O sacrifício.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Nas trincheiras (2)
segunda-feira, 19 de maio de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
O Primeiro Ministro terá decidido deixar de fumar após o episódio das viagens entre Lisboa e Caracas.
(Era bom que fosse assim tão fácil).
domingo, 11 de maio de 2008
Isto foi apenas um desabafo. Desculpem.
sábado, 10 de maio de 2008
Uma diferença, contudo. Na Byblos algo me incomodava. De repente percebi que era a música. Note-se que gosto muito do que estava a tocar (Gotan Project) mas na Escolar havia silêncio. O silêncio de recolhimento das bibliotecas e salas de leitura clássicas. Esse silêncio faz-me falta.
O livro, esse, vou ter de o comprar pela Amazon.
domingo, 4 de maio de 2008
Chega de discursos nostálgicos da treta. O futuro faz-se hoje.
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Monumental aula de guitarra eléctrica ontem à noite no Coliseu de Lisboa, a ser repetida a esta hora no Coliseu do Porto. Assistência claramente constituída por todos os guitarristas passados, presentes e futuros a sul do Mondego, que os que vivem a Norte estão lá agora. Joe Satriani tem um domínio do instrumento que raia a perfeição e, ainda por cima, diverte-se à grande com o que faz. Apresentou-se com uma formação simples: bateria, baixo e viola-ritmo a acompanhar. O baixista, a meio, deu um verdadeiro espectáculo a solo com um exercício de slapping perfeitamente endiabrado que levou a assistência ao telhado. Foram tocados os temas de que a assistência estava à espera e toda a gente saiu contente e a dizer coisas como "Este gajo é o maior! Brutal!" e afins. Duas horas depois já havia clips do concerto no YouTube, que dão uma razoável ideia de como correram as coisas (basta teclar "Satriani" e "Coliseu").
E contudo houve algum cansaço durante uma parte importante do concerto. A minha sensação é a de que, apesar do virtuosismo exibido, o modelo de rock praticado por Satriani e outros grandes da guitarra, herdeiros de Hendrix, Ritchie Blackmore e outras lendas, se está a esgotar. Estupendo como foi este concerto, fica a ideia de que o futuro, do ponto de vista musical, anda por outras paragens.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
domingo, 27 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
Foto: S., com telemóvel. 25/04/08
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Nas trincheiras
Chega-se ao fim do dia bastante estafado, mas sabe bem.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Lá fora chove e venta como tudo. Passear o Óscar e o Fenix deixou-nos aos três, e ao patamar, ensopados e a precisar de um lençol para tirar a maior. Neste momento estão os dois enroscados: um no sofá, outro na espreguiçadeira. O alerta amarelo em todo o seu esplendor.
terça-feira, 15 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Imagem retirada daqui.
Here with a Loaf of Bread beneath the Bough,
A Flask of Wine, a Book of Verse - and Thou
Beside me singing in the Wilderness
And Wilderness is Paradise enow.
Omar Khayyám
Rubáiyát XI
Trad. Edward FitzGerald. 1859
sábado, 12 de abril de 2008
Visitas domiciliárias: mito e realidade
Sir Samuel Luke Fildes: The Doctor. 1891
Noticiaram os media que os médicos de família voltam a fazer visitas domiciliárias porque vão ser pagos por isso. Alguns aspectos desta notícia disparatada foram já discutidos. Seguem alguns contributos.
Existe no nosso imaginário colectivo uma versão idílica do médico de família de outros tempos, assente na figura de João Semana e nos escritos de Fernando Namora. Sejamos claros: só a partir das Caixas de Previdência no final da década de 60 e, sobretudo, com o Serviço Médico à Periferia (pós 25 de Abril) e com a criação da carreira de Clínica Geral do Serviço Nacional de Saúde (no terreno a partir de 1982) é que passou a haver assistência médica de proximidade para a generalidade da população. Antes do 25 de Abril, aliás, a esmagadora da população nascia, crescia e morria sem nunca pôr a vista em cima de um médico, quanto mais ter visitas domiciliárias, privilégio de gente abastada das cidades e pouco mais.
As visitas domiciliárias constituem uma das ferramentas essenciais da medicina geral e familiar. Em todos os países, contudo, elas decaíram significativamente. Vários motivos contribuíram para esse declínio, nomeadamente (i) o aumento da mobilidade individual, facilitando a deslocação dos doentes, (ii) a necessidade de rentabilização do tempo dos médicos, quer em termos de eficiência quer do ponto de vista económico e (iii) o telefone, que permite a resolução de múltiplos problemas sem necessidade de um contacto face a face. Com a carreira de Clínica Geral três ou quatro gerações de médicos começaram a fazer visitas domiciliárias, inicialmente com entusiasmo, mas com um progressivo sentimento de frustração, resultante do facto de não haver qualquer mecanismo que os incentivasse a realizar essa actividade – na verdade a penalização era (e ainda hoje é) a regra. O médico de família não só não recebe um tostão por ir ver os seus doentes a casa, como todos os custos decorrentes dessa consulta são por sua conta – transportes, acidentes no caminho, etc. O que surpreende não é que se façam poucos domicílios: é que haja ainda tantos médicos de família por esse país fora que, apesar das condições desgraçadas em que tantas vezes trabalham, cerrem os dentes e não deixem sem assistência as pessoas que deles precisam em casa.
Voltarei ao tema para não ser excessivamente longo num só post.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Música de elevador
terça-feira, 8 de abril de 2008
A ópera não é um luxo para alguns
domingo, 6 de abril de 2008
Aristóteles em pó? Não mais que de costume.
sábado, 5 de abril de 2008
Regresso a Lisboa
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Pontes
A nova travessia do Tejo foi anunciada com o primeiro ministro fora do país. Isto é um bom sinal. Quer dizer que construir pontes se vai tornando um lugar-comum.
O que já vai fartando são as inevitáveis entrevistas com os donos dos cafés da área bafejada pela nova construção, dizendo que é bom para o negócio e assim. A previsibilidade dá sono.
segunda-feira, 31 de março de 2008
Mudança de hora
Tempo de limpar algumas teias de aranha da cabeça.
sábado, 29 de março de 2008
Estar na ponta
Ljubljana. Junho de 2003.
A verdade é que dá muito jeito estar no meio. Ok, também dá problemas mas tem vantagens inegáveis. A Eslovénia tem sido periodicamente massacrada pelos seus vizinhos; agora que está tudo calmo naquelas bandas, está a dar-nos baile em toda a linha. Classificam-se, a si mesmos, "alegres como os italianos e rigorosos como os alemães". Quem anda por Ljubljana sente isso mesmo - rigor e joie de vivre (em francês e tudo). Precisamos de ser mais como os eslovenos. Mais umas companhias low cost a voar de Portugal dariam jeito. De preferência portuguesas, já agora.
domingo, 23 de março de 2008
Páscoa
Olá.