quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Um insecto terá estado na origem do encerramento preventivo dos blocos operatórios do Hospital dos Lusíadas, em Lisboa. Uma precaução desta natureza poderá parecer estranha a olhos mais desavisados. Na verdade revela atenção e rigor, e fica bem aos responsáveis do Hospital. Que outros lhe sigam o exemplo e não tenham medo de actuar quando a segurança dos pacientes se justifique.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

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Vinte anos depois do incêndio do Chiado ouço múltiplos opinadores referindo que o Chiado já não é o que era e que se perdeu o seu espírito. Concordo. O Chiado, hoje, está incomparavelmente melhor que há vinte anos. Excluindo as vidas destruídas e o espólio insubstituível da Valentim de Carvalho, pouco mais se terá perdido de relevante. Arderam sobretudo os Grandes Armazéns do Chiado e o Grandela, duas confrangedoras imitações dos grands magasins franceses: pífios e mofentos, em perfeita degradação à época, se não tivessem ardido teriam acabado tipo Martim Moniz ou vendidos a alguém que os arrasasse por dentro.

Hoje circula-se por um Chiado cuja remodelação apenas pecou pelo arrastar de pés. E os que hoje dizem que o Chiado já não é o que era, dizem-no sobretudo porque, sem darem por isso, envelheceram. Foram ultrapassados pelo tempo, num Chiado no qual já não se reconhecem, onde fazem a sua vida as gerações para quem o incêndio é uma nota de rodapé da História.

sábado, 23 de agosto de 2008

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Tempo de recomeçar os trabalhos de Sísifo.

Os Jogos Olímpicos foram um bom entretenimento - não mais que isso devem ser considerados - e passaram à história, com glória para os vencedores, honra para os vencidos e a ignomínia para os batoteiros que foram apanhados. Os Jogos não são muito importantes: têm nem mais nem menos a importância que lhes atribuirmos.

A morte inesperada e violenta perto de nós é sempre mais pesada que a morte distante, sobretudo se forem brancos, de média burguesia e em férias de Verão, ou seja, aqueles com os quais nos identificamos. Bem diverso da morte de afegãos, indianos, pretos e quase brancos quase pretos de tão pobres, que esses não têm nada a ver connosco. Mas a morte é sempre importante, por definitiva.

Hoje continuamos.