sexta-feira, 30 de maio de 2008

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Combustíveis e alimentos sobem. Sinais separatistas reforçam-se um pouco por todo o lado. A rede global reforça a imagem mútua dos que têm e dos que não têm. Os que não têm, um destes dias, vão querer ter. A desagregação é tendencial, ao mesmo tempo que os gritos sobem de tom.
Guerras começaram por menos. Sempre houve a esperança de que, de cada vez, houvesse juízo. Nunca houve.
Preparemo-nos.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

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Um problema sério da vida ocidental é a ausência de espaços de silêncio.

sábado, 24 de maio de 2008

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Fragmento de imagem de O sacrifício - Andrei Tarkovsky, 1986

Subscrevo isto integralmente. Mas digo mais: a frase de Tarkovsky citada é, igualmente a tese central de O sacrifício.
Haja esperança.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Nas trincheiras (2)

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"[...], preciso muito de falar consigo!"
"Ok. Venha daí."
"O quê? Agora?"
"Sim, claro! Se precisa, venha, que eu arranjo aqui um espacinho, apesar de isto estar cheio como um ovo..."
"Huh... não poderia ser antes na próxima sexta feira?"

segunda-feira, 19 de maio de 2008

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Fala-se de setenta e um mil mortos. De diferente o facto de, antigamente, estas coisas acontecerem longe. Um milhão de mortos na China, antigamente era apenas um número. Hoje estão na nossa casa, ao vivo e a cores. E em muitos perpassa uma expressão de choque, ao perceberem finalmente que os mortos soterrados e as famílias que os buscam são gente exactamente como cada um de nós.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

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O Primeiro Ministro terá decidido deixar de fumar após o episódio das viagens entre Lisboa e Caracas.
Acho bem. Há problemas para os quais quase todas as soluções são boas. Recomendo assim uma ponte aérea entre Lisboa e Caracas. Apenas para fumadores.
(Era bom que fosse assim tão fácil).

domingo, 11 de maio de 2008

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O assassinato de carácter continua em moda como, aliás, em todas as épocas. Servido por jornalistas de serviço, homens de mão, eminências pardas e, mais recentemente, blogueiros anónimos. Nada de novo, repito, a não ser a actualização das tecnologias. O fenómeno merece estudo usando métodos entomológicos, mas exige um estômago forte.

Isto foi apenas um desabafo. Desculpem.

sábado, 10 de maio de 2008

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Parte da manhã passada na Escolar Editora e na Byblos. Tenho saudades de encher a barriga de livrarias, de modo que optei por ir, em vez de procurar nos catálogos da net. Soube-me muito bem.
Uma diferença, contudo. Na Byblos algo me incomodava. De repente percebi que era a música. Note-se que gosto muito do que estava a tocar (Gotan Project) mas na Escolar havia silêncio. O silêncio de recolhimento das bibliotecas e salas de leitura clássicas. Esse silêncio faz-me falta.

O livro, esse, vou ter de o comprar pela Amazon.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Breve comentário a obras de Sir William Osler (Aequanimitas) e Saint-Exupéry (Cidadela) aqui.

domingo, 4 de maio de 2008

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Quarenta anos sobre o Maio de 68. Não vai haver paciência para tanto Cohn-Bendit e que tais, e para os inevitáveis desiludidos da vida que acham (acham sempre) que aquilo não deu em nada e esteve aquém das expectativas. Esquecem-se de que a vida, por definição, fica sempre aquém do sonho.

Chega de discursos nostálgicos da treta. O futuro faz-se hoje.

quinta-feira, 1 de maio de 2008


Foto: S., com telemóvel. 30/04/08

Monumental aula de guitarra eléctrica ontem à noite no Coliseu de Lisboa, a ser repetida a esta hora no Coliseu do Porto. Assistência claramente constituída por todos os guitarristas passados, presentes e futuros a sul do Mondego, que os que vivem a Norte estão lá agora. Joe Satriani tem um domínio do instrumento que raia a perfeição e, ainda por cima, diverte-se à grande com o que faz. Apresentou-se com uma formação simples: bateria, baixo e viola-ritmo a acompanhar. O baixista, a meio, deu um verdadeiro espectáculo a solo com um exercício de slapping perfeitamente endiabrado que levou a assistência ao telhado. Foram tocados os temas de que a assistência estava à espera e toda a gente saiu contente e a dizer coisas como "Este gajo é o maior! Brutal!" e afins. Duas horas depois já havia clips do concerto no YouTube, que dão uma razoável ideia de como correram as coisas (basta teclar "Satriani" e "Coliseu").

E contudo houve algum cansaço durante uma parte importante do concerto. A minha sensação é a de que, apesar do virtuosismo exibido, o modelo de rock praticado por Satriani e outros grandes da guitarra, herdeiros de Hendrix, Ritchie Blackmore e outras lendas, se está a esgotar. Estupendo como foi este concerto, fica a ideia de que o futuro, do ponto de vista musical, anda por outras paragens.