É um erro pensar que a política foi outrora a mais nobre das actividades. Pelo menos desde os tempos de Maquiavel e de Richelieu que devíamos ter perdido quaisquer ilusões a este respeito. E mesmo no tempo dos nossos venerados gregos e romanos não terá sido diferente - a faca nas costas é um expediente político bem antigo. O que se passa hoje não é mais que o que sempre aconteceu. Nada de novo, a não ser a tecnologia e a decoração ao serviço da raison d'état (ou da raison de quem melhor se safa).
Devemos, por isso, desistir? Não creio. E apesar de a tentação de reverter para o YouTube como forma de escape ser grande, a luta contra a entropia continua.
5 comentários:
caro abs,
tenho uma proposta decente a fazer-lhe por sugestão da nossa carissima t.
como poderei contactá-lo por mail?
E a política é muito diferente para pior do que o que se passa noutras actividades?
Politikos, se calhar nem por isso. Mas terá uma exigência ética maior, o que a torna mais criticável...
Blog sem travões mas com direcção assistida, espero ;)
ABSzinho, o exercício da política deveria ter uma exigência ética maior, sim… mas terá?
Ou melhor, tem sido aplicada por quem a pratica e (verdadeiramente) exigida por quem a observa?...
E acho que deve ter, de facto. Mas será que não estaremos a exigir em demasia aos políticos?! Muito mais do que aos outros?!
Pessoalmente, e pegando na deixa da errezinha, eu por acaso acho que exigimos «santos» para política enquanto que para as outras profissões assobiamos para o lado e temos uma tolerância quase ilimitada?
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