domingo, 6 de abril de 2008

Aristóteles em pó? Não mais que de costume.

É um erro pensar que a política foi outrora a mais nobre das actividades. Pelo menos desde os tempos de Maquiavel e de Richelieu que devíamos ter perdido quaisquer ilusões a este respeito. E mesmo no tempo dos nossos venerados gregos e romanos não terá sido diferente - a faca nas costas é um expediente político bem antigo. O que se passa hoje não é mais que o que sempre aconteceu. Nada de novo, a não ser a tecnologia e a decoração ao serviço da raison d'état (ou da raison de quem melhor se safa).
Devemos, por isso, desistir? Não creio. E apesar de a tentação de reverter para o YouTube como forma de escape ser grande, a luta contra a entropia continua.

5 comentários:

J. disse...

caro abs,

tenho uma proposta decente a fazer-lhe por sugestão da nossa carissima t.

como poderei contactá-lo por mail?

Politikos disse...

E a política é muito diferente para pior do que o que se passa noutras actividades?

ABS disse...

Politikos, se calhar nem por isso. Mas terá uma exigência ética maior, o que a torna mais criticável...

Anónimo disse...

Blog sem travões mas com direcção assistida, espero ;)

ABSzinho, o exercício da política deveria ter uma exigência ética maior, sim… mas terá?
Ou melhor, tem sido aplicada por quem a pratica e (verdadeiramente) exigida por quem a observa?...

Politikos disse...

E acho que deve ter, de facto. Mas será que não estaremos a exigir em demasia aos políticos?! Muito mais do que aos outros?!
Pessoalmente, e pegando na deixa da errezinha, eu por acaso acho que exigimos «santos» para política enquanto que para as outras profissões assobiamos para o lado e temos uma tolerância quase ilimitada?